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Arquipresbítero André Lemeshonok – A PLENITUDE DA VIDA É ALCANÇADA AO CONHECERMOS DEUS

Viemos para a Igreja a fim de nos libertarmos do cativeiro, das trevas, do abismo e começar uma nova vida onde tudo estará em Deus: os nossos problemas de saúde (ao invés da dependência dos médicos, remédios ou outros métodos de tratamento), o nosso ordenado (ao invés da constante preocupação com as taxas cambiais), todos os nossos relacionamentos (“Será que ele/ela me ama? Dar-me-á um beijo ou sentirá saudades de mim?”). Todas essas questões acabarão por tornar-se “não-questões” para nós, se adentrarmos numa nova vida. Quando a graça do Espírito Santo está no teu coração, quando o amor de Cristo está em ti, quando és compassivo com todas as criaturas, especialmente com as criaturas de Deus, quando és grato, de que mais precisas: de relacionamentos, de preocupações? Possuis a plenitude da vida porque começaste a conhecer Deus; inclinaste-te a Ele, serviste-O, puseste toda a tua vida nas Suas mãos e depositaste toda a tua confiança Nele.

O pecado distrair-te-á, ao dizer-te para olhar para aqui ou ali, para considerar o futuro. O que farás amanhã, ao ficares velho? Quão grande será o benefício da tua reforma? Todo o Universo está nas mãos de Deus, mas nós, enquanto pequenos grãos de areia, não confiamos Nele. “Não me deste o suficiente. Impediste-me de fazer algo. Perdi algumas oportunidades…” Ao encerrarmo-nos nas nossas próprias conchas e tentarmos construir o nosso próprio mundo, a fim de sermos os nossos próprios arquitetos, agimos duma maneira primitiva. Esse tipo de vida não é real. Quando uma pessoa leva uma vida tão irreal, eventualmente terá que admitir que toda a sua vida foi em vão.

É por isso que precisamos mudar algo imediatamente. Caso contrário, o Senhor nos dirá: “Eu disse-te! Foi por ti que vim a este mundo. Perdoei-te um milhão de vezes quando vieste confessar-te”. Já recebemos o alimento suficiente para pensar até agora. O que precisamos agora é aceitá-lo, compreendê-lo e deixá-lo penetrar nos nossos corações. Se conseguirmos fazer isso, não teremos mais perguntas. O príncipe Hamlet costumava dizer: “Ser ou não ser? Eis  a questão”. Isso não é uma questão para nós, porque sabemos que Jesus Cristo derrotou a morte. De que mais precisamos? Porque estamos tão confusos sem qualquer motivo? Sabemos tudo antecipadamente: hoje estamos aqui na Terra e amanhã iremos para o céu e, assim, temos que preparar-nos para esse momento. O tempo passa rapidamente. Parece que o Domingo do Perdão foi apenas ontem. De facto, a Grande Quaresma acabou. Chegarão a Páscoa, a Ascensão e o Natal novamente. Mal os botões das flores desenvolvem-se, as folhas já estão a cair. Será que podemos realmente dar importância a algo temporário?

É por isso que temos que aprender a fazer as coisas básicas, como servir a Deus e ao próximo. Faz o teu melhor para tentar encontrar a oportunidade de servir. Essa é a tua riqueza espiritual. É assim que poderás, realmente, adquirir o Espírito Santo e, então, ingressar no Reino dos Céus.

Tradução de monja Rebeca (Pereira)

Publicado emEspiritualidade

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