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Categoria: Notícias

Mensagem pascal do metropolita Nestor (2023)

 

 

Bem-amados confrades em Cristo, bispos, presbíteros, diáconos, monges e irmãos,

Cristo ressuscitou!

 A Páscoa de Cristo é a vitória do Amor!

Reconhecemos o amor que Deus nos tem e cremos nele (1 Jo 4, 16). Cremos nele definitivamente e em toda a sua plenitude porque a nossa experiência nos persuade de que o Amor de Deus é omnipotente e sem limites.

Se sob a Antiga Aliança o amor era tão poderosos como a morte, sob a Nova é mais forte do que a morte, pois a morte foi tragada pela vitória (1 Cor 15, 54).

Por isso nesta santa noite de Páscoa vos endereço um apelo muito simples – reconheçamos esse amor, guardemo-lo entre nós, sejamos testemunhas dele no mundo, cada vez mais atingido pela indiferença e pela insensibilidade.

Armemo-nos contra as tentativas insensatas e criminosas de semear o ódio e a animosidade entre nós, entre os diferentes povos — guardemos a capacidade de amar, de perdoar, de confiarmos uns nos outros.

Se essa chama em nós se extingue, se o nosso coração já não é ardente no interior de nós, se não temos já amor — que sentido terão então o nosso ministério, a nossa missão, a nossa presença nos diferentes países, cidades e regiões da Europa Ocidental?

Se o sal vem a tornar-se ensosso, deita-se fora (Lc 14, 35).

Que o Senhor ressuscitado conceda a todos nós a força e a sabedoria de guardar a santa Ortodoxia, de guardar a nossa Igreja, as nossas dioceses, os nossos mosteiros, as nossas paróquias e comunidades no espírito de amor, de unidade e de paz.

Jubilosa ressurreição de Cristo para todos vós, meus caros!

Cristo ressuscitou! Em verdade ressuscitou!

† Dom NESTOR; Exarca patriarcal na Europa Ocidental
e metropolita de Quersoneso e da Europa Ocidental

Paris, Páscoa de 2023.

Mensagem de Natal do Metropolita Nestor de Korsun e Europa Ocidental, Exarca Patriarcal da Europa Ocidental

Amados irmãos no Senhor: bispos, presbíteros, diáconos, reverendos monges e monjas, irmãos e irmãs!

Nesta noite santa de Natal, somos chamados a levantar-nos, ir a Belém e adorar a Deus. Por nós, Ele se despojou, assumiu a condição de servo (Filipenses 2:7) e tornou-se homem.

A quem mais podemos ir? As nossas vidas mudaram tão irreparavelmente! parece que nada há de fiável, estável e verdadeiro…

Recordemos que uma vez o apóstolo Pedro, em nome de todos os discípulos, exclamou: “A quem iremos nós, Senhor? Só Tu tens palavras de vida eterna” (João 6:68).

Não há ainda palavras de vida eterna no estábulo de Belém; mas encontraremos lá o próprio Cristo.

Está escuro e frio no estábulo, sente-se o bafo da respiração dos animais. Estão quietos, mastigando a sua palha, e o Menino dormindo, deitado numa manjedoura. Assim foi nas cercanias de Belém. Da consciência disto, da mera contemplação desta imagem, ganham vida nos nossos corações a esperança e a alegria, e começa a reinar paz em nossas almas.

Na Sua última conversação com os discípulos, disse-lhe O Salvador: “Deixo-vos a paz, dou-vos a Minha paz; não vo-la dou como a dá o mundo” (João 14:27).

É verdade, não é como a dá o mundo… Desde que nos desviemos um pouco para os elementos do mundo, em direção ao círculo exterior que nos rodeia, perdemo-nos. Perdemos a capacidade de ouvir a Cristo. Mas Ele diz-nos: “Não se perturbe o vosso coração, nem se acobarde” (João 14:27).

Que a paz de Cristo esteja convosco, irmãos queridos!

Conheço as vossas obras e as vossas orações, sei quanto fazeis para permanecerdes humanos, para preservar a fraternidade e o amor nas nossas paróquias e comunidades, para acolher aqueles que agora acorrem até nós necessitados de apoio e de consolo.

Que a Natividade de Cristo, esta festa da Luz, nos fortaleça na vida quotidiana, no serviço, na oração. O amor é mais forte do que o ódio, mais forte do que a morte. Deus está connosco e não nos abandonará.

Feliz Natal!

 

† Nestor, Metropolita de Korsun e da Europa Ocidental

Paris, Natal de 2022/2023

Ajuda para os refugiados e vítimas do conflito armado na Ucrânia

Solicitamos o apoio de todos para juntar meios financeiros para ajudar os refugiados e as vítimas do conflito armado na Ucrânia.
As transferências bancárias podem ser efetuadas para a conta da Igreja Ortodoxa em Portugal  / LusOrtodoxia.

IBAN: PT 50 0007 0000 0074 9198 61023

BIC/SWIFT: BESCPTPL

Se possível, peço que indiquem na descrição da operação “ajuda refugiados”.
Agradeço cordialmente a Vossa prontidão em ajudar os irmãos que se encontram nesta situação difícil!

O “Devocionário Ortodoxo” – primeiro livro de orações ortodoxas em português

Graças a Deus, a Quem tudo devemos, mas graças também à boa vontade e empenhamento da Editora Paulus, a quem exprimimos a nossa gratidão, acaba de sair dos prelos o nosso Devocionário Ortodoxo em língua portuguesa. Traduzimo-lo e editámo-lo pensando sobretudo nos filhos de imigrantes romenos, moldavos, ucranianos, etc., que nascidos e educados em Portugal, falam quiçá melhor o português que a língua materna de seus antepassados. Pode, no entanto, ser utilizado para devoção privada por cristãos de outras confissões, sobretudo pelas mais próximas da Ortodoxia, como o Catolicismo, o Anglicanismo, etc.

Nele encontrará o fiel devoto uma seleção de orações da tradição ortodoxa para diversos momentos do dia e circunstâncias da vida, bem como as partes fixas dos ofícios de Vésperas, Completas e Matinas segundo o rito bizantino, e ainda os ofícios de preparação e ação da graças pela Sagrada Comunhão, já traduzidas do original e editados no nosso Missal Ortodoxo. Juntámos-lhe o texto das Horas Menores do Ofício Divino, cujo formulário é breve e praticamente fixo, o que o torna particularmente adequado para a devoção pessoal do fiel cristão mesmo em viagem.

Prof. Luís Filipe Thomaz – REFLEXÕES SOBRE A PESTE DE 2020 (Coronavirus)

A epidemia que neste momento grassa pelo mundo é, para a quase totalidade das pessoas vivas, um fenómeno novo, pois raríssimos devem ser os centenários que recordem ainda a pneumónica de 1918, conhecida em Portugal por a espanhola, por aqui ter chegado através da Espanha. Em tempos mais antigos, porém, foi a Europa muitas vezes varrida pela peste, nome aplicado a diversas epidemias, nem sempre identificáveis, com especial destaque para a Peste Negra de 1347-52, que matou cerca de um terço da população do continente, causando cerca de 25 milhões de vítimas. É esse o primeiro tema sobre que quero hoje refletir convosco.

I

Nos nossos dias há uma forte tendência para considerar a nossa época como qualitativamente diferente das que a precederam, como uma espécie de éschaton ou meta dos tempos, para além da qual nada de substancialmente diferente se virá a produzir. É a teoria do fim da história, de que houve uma versão marxista-leninista, hoje inteiramente desacreditada mas bem viva ainda há apenas meio século: depois de passar, materialmente falando, pelos modos de produção escravista, feudal e capitalista, a humanidade acharia no modo de produção comunista a sua etapa final, correspondente à perfeição. O regímen comunista constituiria assim o último estádio da evolução do Homem, para além da qual nada se poderia conceber de mais perfeito.

Quando em 1974-75 em Portugal, contra as predições da ideologia, falhou a instauração de um regímen comunista, recorda-me ter visto escrito numa parede, com tanto de verdade como de ironia: “não vos preocupeis: é a realidade que se engana…”

Aquela concepção coaduna-se, em certos aspetos, com a que fora anteriormente exposta por Augusto Comte (1798-1857), que contemplava mais a evolução mental que a material, mas chegava na prática a uma conclusão idêntica. Comte via a história universal como uma sucessão progressiva de três estados ou estádios: o estádio teológico ou fictício, em que os fenómenos da natureza eram explicados pelo recurso a divindades imaginárias que os causariam, o estádio metafísico ou abstrato, em que eram explicados por misteriosas forças invisíveis, e, finalmente, o estádio positivo, o definitivo, em que os fenómenos eram racionalmente explicados pela ciência. Nesse estádio, o derradeiro, não haveria já mais lugar para a religião, que perpetuava os estádios já ultrapassados e impedia o progresso.

Edição integral do Missal Ortodoxo em português

Apresentamos a edição integral do Missal Ortodoxo em português (europeu), elaborado pelo Professor Doutor Luís Filipe Thomaz e pelo Padre Pedro Pruteanu, juntamente com outros colaboradores. O livro foi publicado pela editora da Associação “LusOrtodoxia”, com a bênção do Eminentíssimo Arcebispo Ortodoxo de Espanha e Portugal, do Patriarcado de Moscovo, Dom Nestor.

Apresentamos, em formato PDF, a introdução e o índice do livro, de modo a facilitar a compreensão da modalidade de trabalho adotada em relação aos textos e comentários, bem como o conteúdo integral desta obra única em língua portuguesa, tanto para o espaço ortodoxo português como para o brasileiro. Tal como é possível observar pelo índice, o livro não é dirigido apenas aos clérigos, mas também aos leigos que tenham interesse em participar ou seguir os serviços da Igreja.

Relativamente aos acabamentos, o livro (de 336 páginas) foi impresso em papel de qualidade superior, nas cores vermelho e preto, sendo a capa dura forrada em pele e o texto escrito com letras douradas. Apresenta, adicionalmente, dois marcadores.

Cristo ressuscitou!

Vigília Pascal (PDF)

Χριστός Ανέστη! Αληθώς Ανέστη!

Hristos a înviat! Adevărat că a înviat!

Христос Воскресе! Воистину Воскресе!

Cristo ressuscitou! Em verdade ressuscitou!

Le Christ est ressuscité! En vérité Il est ressuscité!

Cristo è risorto! È veramente risorto!

Cristo ha resucitado! Verdaderamente, ha resucitado!

ハリストス復活!実に復活!

.םק תמאב ; םק ח׳שמה

Christ is Risen! He is Risen Indeed!